A representação da ação social na prática das religiões Afro-Brasileiras e Pajelança na Pan-Amazônia
Published 2019-11-21
Keywords
- Pajelança-cura-religiões afro-brasileiras-políticas-ação social
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Abstract
Este artigo origina-se da tese intitulada “Ciência e o Sagrado na Amazônia. Encontros entre a tradição e modernidade nas práticas de pajelanças e religiões afro-brasileiras”, do Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Sustentável do Trópico Úmido - NAEA/UFPA. O objetivo da tese foi identificar a ciência presente nas práticas das religiões afro-brasileira e das pajelanças indígena e cabocla. Sabe-se que a vivência de práticas de pajelança ou curandeirismo são uma realidade no Brasil e na Pan-Amazônia. A intencionalidade da tese foi investigar junto aos “sujeitos autônomos de cura” definição dada por Oliveira (1983), tais como os pajés, pai ou mãe-de-santo, curandeira, rezadeira, como ocorre e se desenvolve os procedimentos e estratégias de cura, inerentes à sua religiosidade ou práticas, e como que pode se constituir em uma “ciência da sagrado”. Neste trabalho, apresenta-se o significado e caráter de ação social no contexto trabalhado, e como esta ação permeia e orienta as vivências e idiossincrasias dos sujeitos sociais envolvidos, sejam adeptos com vínculo fixo ou simpatizantes somente e seus impactos para a constituição do que se pode definir como uma ação coletiva e engendrada num cenário mais amplo. A análise será realizada sob a contribuição de Max Weber. A considerar que as ações sociais são implementadas por estas práticas no sentido de atendimento a grupos sociais em situação de vulnerabilidade social, e de construção de uma nova possibilidade de vida, e de um sentido para a mesma. Em muitos casos elas acabam como alternativa ou complemento enquanto ciência do sagrado, que por meio de poderes sobrenaturais ou naturais, espíritos, encantados, caruanas, curam as doenças ou resolvem os problemas de outras dimensões, tais como as financeiras, afetivas, espirituais, dentre outras. Assim, as ações sociais encontram-se encadeadas numa abordagem muito própria e de acordo com a idiossincrasia destas práticas.
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